Como já reforçamos em outros artigos, a alopécia androgenética é um problema que atinge em proporção semelhante, homens e mulheres em diferentes fases da vida e em graus variados. Em cada organismo a calvície se desenvolve e se manifesta de formas diferentes e por mais que a evolução seja gradativa (rápida em alguns casos, mais lenta em outros), a falha capilar não acontece da noite pro dia. Diante disto, você sabe o que é DHT? o di-hidrotesterona é uma sigla que arrepia os fios quando o assunto é calvície. Entre os efeitos no organismo, esse hormônio pode causar a queda de cabelo e facilitar o processo de calvície. Mas como isso acontece? O DHT é mais comum em homens ou mulheres? Confira abaixo!
1. Em excesso no organismo, DHT prejudica nutrientes nos folículos e deixa os fios mais frágeis
O motivo deste hormônio influenciar a saúde capilar já começa na localização dele no organismo. Este hormônio é produzido por meio da síntese na chamada enzima 5 alfa reductase (que entre outros lugares, atua no desenvolvimento dos folículos pilosos). Pesquisas apontam que em excesso, esse hormônio influencia a alopécia androgenética porque a substância deixa os folículos sensíveis e prejudica a absorção dos nutrientes nesta região, o que aumenta a queda de cabelo e a fragilidade dos fios.
É importante esclarecer que o corpo humano possui dois tipos de folículos: os que possuem o código genético para a calvície e os que não apresentam o código. O DHT é encontrado no primeiro tipo de folículo que possui receptores para o hormônio nas raízes. Quando não existe essa ligação com DHT, a pessoa pode sofrer com quedas normais de cabelo, ao pentear, ao tomar banho ou fazer qualquer outra atividade. A diferença é que nestes casos, os fios são grossos e continuam crescendo, ao contrário dos fios afetados pelo DHT que são ralos e não crescem.
2. Os tratamentos capilares e o DHT
Quando a calvície já é constatada, os transplantes e implantes capilares são soluções ideais para este problema. Há também a opção de medicamentos que inibem este hormônio, mas ao avaliar o grau da doença e a causa (genética ou não), o especialista determina junto com o paciente a melhor opção. Outros fatores podem amenizar a ação do DHT como o consumo de vitaminas do complexo B (encontradas no arroz, em cereais, leite, ovos, verduras e outros alimentos), ácido osteolítico outras substâncias. Evitar o consumo de alimentos e bebidas que influenciam a proliferação e o desenvolvimento do hormônio como energéticos e produtos que contenham cafeína também ajuda a desestimular essa substância no organismo, ainda mais se você tem problemas endócrinos ou hormonais que levam à queda de cabelo.
3. DHT em homens e mulheres
A calvície e a queda de cabelos faz com que mais de 800 mil pessoas procurem tratamentos de restauração capilar no mundo segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia e Restauração Capilar. Homens e mulheres apresentam este quadro, mas o DHT geralmente é um hormônio que atua mais no organismo masculino. O padrão mais comum na calvície feminina é a perda difusa dos cabelos e geralmente os fios ficam mais ralos no topo dos cabelos e vão se repartindo e mostrando cada vez mais a pele na parte de baixo. Nos homens, além da ausência dos fios nas ‘entradas”, a calvície afeta mais as laterais. Os hormônios femininos, diferente dos masculinos protegem os fios da ação do DHT porque a produção da enzima que origina o hormônio é bem menos perceptível nas mulheres. O DHT é uma versão super concentrada de testosterona e por isso, uma característica do organismo masculino.
Isso não quer dizer que a s mulheres não possam produzir esse hormônio, mas quando saudáveis e com equilíbrio hormonal, o comum é que as mulheres neutralizem o testosterona e evitem a conversão para o DHT.
Apesar do DHT ser um dos grandes vilões na queda de cabelo, a calvície pode ter origens variadas e só um exames de sangue podem ajudar a comprovar se esse é o motivo da queda de cabelo ou não.